sábado, 19 de fevereiro de 2011



Faz tanto tempo, mãe que eu não te sinto,
que eu não te vejo, que eu não te abraço.
E o tempo foi passando, a saudade,
que eu pensei, fosse acabar um dia, vai
aos poucos aumentando.

Eu queria, hoje, te abraçar, olhar teus olhos,
cheios de ternura, recostar minha cabeça no
teu peito, ouvir o pulsar do teu coração, afagas
minha cabeça.

Eu queria ver o teu sorriso, a tua alegria,
ouvir ecoar da tua boca, a palavra carinhosa,
a me chamar, Meu filho.

Queria receber o teu abraço, quando de manhã
bem cedo, eu ia sempre te ver, ou, à noitinha,
quando cansado, voltava do meu trabalho, e te
encontrava recostada, sozinha, a me esperar.

Ah, que tristeza mãezinha, ter te perdido tão
cedo! E eu ter que ficar aqui...

Hoje, eu queria estar contigo, e correndo te
dar meu beijo, te entregar o meu presente,
neste dia que é das Mães.
Já que não posso, mãezinha, fica a saudade
incontida, que o tempo já não desfaz...

Mãe, quantas vezes, debruçada à janela,
eu te procuro no espaço, no infinito, nas
estrelas,ou, num pequeno cometa, que
deixa um rastro de luz...

A sua bênção, minha Mãe, e que hoje
tu estejas, com as bênçãos de Jesus!



                                 *Cid Samuel Carneiro da Silva*

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